Como desde há anos vejo pela Europa fora os camionistas e seu patronato a utilizarem as mais reles formas de chantagem para chegar aos seus intentos, não estranho nada o que se está a passar. Se a gasolina aumenta os governos que paguem a "gasosa", ou melhor os nossos impostos que a paguem. Não se manifestam, nem negoceiam primeiro. Para quê? Se podem parar todos os meios de comunicação, se podem obrigar os presumíveis prevaricadores "fura embargos" a parar nem que seja à bastonada e ao tiro, se podem decidir primeiro intimidar e só a seguir partir para a negociação. Entretanto foi um fartote, até a polícia teve de intervir para que se conseguisse levar gasolina para os aviões da Portela. Para eles é mesmo assim, ou vai ou racha. Que se dane o resto, inclusive a legalidade da coisa. Têm ou acham que têm a faca e o queijo na mão. Cortam primeiro o abastecimento de carne, peixe e outros bens essenciais e depois alguém que pague por isso. Adivinhem lá quem é esse "alguém". O governo não é de certeza, esse até aposto que acabará por ceder em todos os pontos, como todos os governos desta Europa perante um exército de camiões que sempre diz "ou me pagam ou não há nada para ninguém".Adenda: Compreendo e entendo a manifestação de 200 mil pessoas em Lisboa, bem como a greve dos pescadores. Em relação aos camionistas a minha posição é diferente. Por uma razão simples: utilizam as formas mais bárbaras e egoístas de chantagem. Se não conseguem o que querem, a gente que volte para a idade da pedra que não há problema...
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