10/03/2008

Ainda a Manif

Das críticas que tenho lido nos blogues contra a manífestação dos professores vi nascer uma espécie de corporativismo ao contrário. São os "anti-professores", que dos seus laptops sabem mais de ensino do que quem se dá ao trabalho de dar aulas, esses preguiçosos. Os tais cem mil manifestantes que só ali estavam para demover a ministra, eles coitados, meras marionetas dos sindicatos, não sabiam bem ao que iam. Não pensam pela própria cabeça e pior, não querem verdadeiramente ser avaliados.
Dêem lá uma voltinha por uma vintena de blogues e vejam se estou a exagerar.

2 comentários:

samuel disse...

Mas lá que opinam que se fartam, opinam.
Em alguns casos, no entanto, pressente-se um ódio mal explicado e sobretudo mal resolvido, aos professores. Tristes histórias que só eles saberão...

Abraço

cristina rocha disse...

Pedro não é exagero nenhum. Também encontrei alguns dos ditos experts de educação e fiquei bastante indignada, mas efim parece que vivemos num país de hipocrisia (bem representado pelas constantes e tão iguais arrogantes entrevistas da actual ministra da educação).
Quanto ao post anterior sei bem que não mentes. Também eu sou filha de professora e conheço tudo aquilo que referes. A minha mãe está agora para entrar na reforma, mas nos últimos anos tenho visto perder no seu olhar o brilho de quem ensina por gosto e vocação, atolada tantas vezes na burocracia "para bruxelas ver" que tem inundado as nossas escolas.
E quando às reprovações, sim porque actualmente dá mais trabalho reprovar um aluno, será que já ninguém pensa no aluno? O que será melhor o aluno atrasar e reforçar as suas capacidades ou seguir em frente e sentir-se um frustado pois nunca mais irá conseguir acompanhar os colegas?
Concordo que se faça uma avaliação pois acho ridículo que nas nossas escolas primárias tenhamos professores de educação física a leccionar o melhor o ensino primário. Os programas já nem sequer comento e então a introdução de calculadoras logo nos primeiros anos de ensino deixa-me os cabelos em pé.
Por isso questiono, será precisa uma avaliação a quem está ou não será mais correcto avaliar os actuais concursos de professores?
E se querem fazer uma avaliação, antigamente antes de se iniciar a arte de leccionar os professores eram sujeitos a um exame prático com alunos (o já defundo exame de estado) para darem provas se eram ou não bons profissionais...