25/03/2008

A lição de Setúbal

Totalmente de acordo com Francisco José Viegas:
A carreira do Vitória de Setúbal (o clube com orçamento mais baixo no campeonato português) e a história do trabalho de Carlos Carvalhal e daqueles jogadores deviam reconfortar-nos e servir-nos de lição. Nem tudo se vence com dinheiro e “condições”. Há um brilho de vontade e de desafio nesta vitória do Setúbal. Assim se portasse a pátria, mesmo sem chuteiras. Uma lição.
A que acrescento:
O orçamento para esta época do Vitória de Setubal é de 1,5 milhões de euros. Só Purovic custou 2 milhões. Daí estamos conversados. O dinheiro foi gasto, não foi?
Neste momento Carvalhal não tem sequer um ponta de lança puro e perdeu dois jogadores núcleares da equipa, Edinho e Mateus.
Vamos nós sportinguistas continuar a armar ao pobrezinho? E já agora, continuará Paulo Bento a ser constantemente desculpado de todas as inépcias e misérias da equipa. Quem escolheu aquela equipa que saiba pôr os jogadores a funcionar a sério. Se o problema é não ter cão, porque não aprender a caçar com gato? Bem sei que não é para todos, mas é precisamente isso que fazem constantemente treinadores como Carlos Carvalhal e Jorge Jesus (do Belenenses) - à falta de meios respondem com inteligência e arrojo. Do quase nada fazem praticamente tudo. Não têm academias, grandes condições e às vezes nem salários para receber. Trabalham que nem tordos para no fim nos darem constantemente banhos de sabedoria táctica. E porque não dizê-lo: banhos de bola. Quem não entender a lição deste Vitória de Setúbal o melhor que tem a fazer é meter explicador...

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