15/05/2008

Leya, não leu?

O que se anda a passar entre a Câmara de Lisboa, a Leya e outras editoras acerca da Feira do Livro não deve admirar. Para ser sincero o que mais me surpreendeu foi ver Paes do Amaral a meter-se no negócio livreiro com tanto fervor. O suficiente para se querer tornar o "Dono do Livro" em Portugal. Para quem ainda tinha dúvidas aí a prova do plano de conquista. Posso estar enganado, mas Paes do Amaral é daqueles que tem pinta de só pegar em livros de gestão e marketing. Os clássicos e os livros "a ler" passa por eles, na diagonal. Leya, não leu? Tomou-os como terreno de conquista, quando o livro como negócio é um sector a pegar com alguma sensibilidade, até com pinças se fôr preciso, não com mera sensibilidade de marketeer, de quem está ali só para fazer render o investimento. Sem saber respeitar a concorrência, os escritores, os editores e sem investir nos leitores.
Basta o dinheiro. Com o dinheiro joga as cartas... E se a coisa não der, talvez num ápice se meta na industria cervejeira, na energia eólica,nos bio-combustíveis...

Adenda- via Origem das Espécies leio isto: O Grupo Leya comprou os negócios da Explorer Investments, ou seja, a Oficina do Livro, a Casa das Letras, Editorial Teorema, a Estrela Polar e a Sebenta. É o negócio da temporada.
O grupo LeYa passa, assim, a ser constituído pelas seguintes editoras: Caminho, Casa das Letras, Dom Quixote, Edições Asa, Editorial Teorema, Estrela Polar, Gailivro, Ndjira, Nova Gaia, Nzila, Oficina do Livro, Sebenta, Texto

2 comentários:

Karocha disse...

Nuno estava à espera de quê?
O Pais do Amaral só vê cifrões e aonde anda o Sr. Ministro da Cultura?

Nuno Góis disse...

Concordo consigo Karocha, mas este post foi editado pelo meu irmão Pedro.
Beijos