17/02/2008

DIÁRIO


" Passei as horas livres da manhã a ver derrubar um choupo em frente da janela do meu quarto.

Que dignidade, a daquela morte! Enquanto pôde, aguentou as machadadas sem estremecer, aprumado como uma pura consciência; quando o gume lhe tocou no cerne, de uma vez só, sem se curvar, caiu."


Miguel Torga

17/02/1943

2 comentários:

samuel disse...

O Torga é grande!
Belo post.

Abraço

Fernando Samuel disse...

Que outra morte pode um homem desejar do que essa, a do choupo do Torga?