25/02/2008

Live and let live?

Acerca deste post escrito pelo Nuno, li e deixei passar. Registei apenas a aberração daquela foto. Não gostei. Ponto. Mas depois há aquela tendência para se pensar que "hoje há gente para tudo", ou que "se a estupidez matasse...". Deixa-se andar. Ponto.
Daí ao coro de reacções que li aqui e aqui vai uma distância daqui ao Cairo. Dá-me para perguntar: em que mundo vivem? Se calhar por falta de sentido de humor, esqueci-me de registar a "graça" da coisa. A mesma"graça"- que é mais uma "gracinha" - que se vê na foto do dono e da "Bobby" (perdoem-me o sarcasmo) e também a "originalidade" : das reacções, e da própria foto em si.
Dá que pensar que defendam o "Live and Let Live"! Olha, também eu...
Num tempo de susceptibilidades e censuras várias, inclusivé do politicamente correcto. Numa sociedade que mal se sustém com meras caricaturas censuradas, óperas canceladas, emblemas futebolísticos alterados para o hemisfério sul por causa de uma cruz, ainda acham que devemos deixar passar em claro uma aberração daquelas...Mas enfim, há que saber o que se defende...
Para mim a liberdade é o supremo dos valores. É o valor mais importante na nossa sociedade. Por isso mesmo, deve ser estimada. Inclusive protegida. Só existe liberdade porque existem regras, não é possível de forma alguma separar uma da outra. Acho que não tenho de explicar isto.
Se sou contra todas as burkas e ayatholas deste mundo, sou também contra todas as manifestações exteriores que mostrem a humilhação da mulher. Consentidas ou não. E não vamos entrar por aí, ou então é toda uma nova discussão que não cabe neste texto.
Resumido e para finalizar, que isto já está a ficar muito sério: se querem o chicote, as correntes e passearem-se como cãezinhos na rua, por favor: que o façam lá em vossa casa. É uma questão que pertence ao foro privado de cada um e talvez até à nossa higiene: a mental. Respeitem-na. De resto, devem ser tão livres como qualquer pessoa livre, desta sociedade que se quer e deve ser livre.

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