15/02/2008

INDIGNAÇÃO MÁXIMA

Podem crer esta fotografia é verídica e trata-se de um jovem casal de góticos que vivem no norte de Inglaterra. É desta forma que vemos retratada que o casal se passeia pelas ruas, no entanto só se tornaram notícia agora porque quando iam entrar para um autocarro o motorista, e muito bem, proíbiu-lhes a entrada. Então não é que casal aproveita para acusar a transportadora de discriminação e pior que tudo a transportadora será obrigada a fazer um pedido de desculpas por uma questão de tolerância...
Tolerância? E se fosse ao contrário: um homem atrelado nesta sociedade machista?
Tolerância? E se fosse um casal muçulmano?
Tolerância? Espreitem o post abaixo, é que curiosamente é no mesmo país...

A estupidazinha diz que é "um animal de estimação que não fere ninguém". Se assim é para quê a trela? Se assim não é vão para o circo, para o jardim zoológico, para o raio que os parta, mas poupem-me!

TOLERÂNCIA? Se a moda pega como vamos distinguir estes animaizinhos idiotas de outros mais ferozes.
É de raiva que escrevo, chamem-me o que quiserem, mas proíbam por lei severa as pessoas de andarem assim na rua. Façam o que quiserem em casa, mas não se cruzem comigo na rua, pois não sou obrigado a assistir a isto.

Esbraçejamos (com razão) contra o uso da burka e depois pedimos desculpa a estes idiotas?

14 comentários:

Anónimo disse...

É aviltante e indigno esse comportamento... A raiva com que escreves também a sinto, pois é um espectáculo tremendo, de grande violência e inumano. Que valores estão por detrás de todos estes inergúmenos (o casal gótico e a instância que obriga a empresa a pedir desculpas)? E se fosse o homem que andassse preso pela trela, qual seria a reacção? Também obrigaam a empresa a edir desculpas? Vivemos numa sociedade machista que, por isso mesmo, é "tolerante" com a exploração das mulheres. mias que tolerante é defensora da exploração e da violência sobre as mulheres. Manugóis

cristina rocha disse...

Face a esta imagem e notícia apenas posso expressar a minha indignação, como mulher e como ser humano.
DIGNIDADE HUMANA.
Porque não é de tolerância que se trata, do direito a ser diferente, mas sim pelo respeito por nós próprios. Quando tantas mulheres lutam por um pouco de dignidade, encerradas nesta sociedade e noutras sociedades bem mais machistas, quando tantos povos lutam pela liberdade, ou quando simplesmente procuram um pouco de comida ou medicamentos apenas para poderem (sobre)viver, todas vítimas porque não lhes deram o direito a escolher...
É compreensível a tua raiva, mas eu simplesmente me preocupo porque são estas as mentes de amanhã (pequenos grupos, é verdade, mas os grupos têm sempre poder).
É por isso que questiono, se não tens dignidade por ti próprio hoje, como podes lutar pela dignidade de outrém amanhã?

RJ disse...

Não subscrevo este tipo de iniciativas. Trata-se de uma situação algo ridícula, mas que não está relacionada com submissão ou machismo. Apenas com exibicionismo.

Cada um tem o direito a ser ou não ser exibicionista. Tanto pode passar por parolo como por "vanguardista" (no sentido em que pode criar uma "moda").

A questão da burka está relacionada com o facto da mulher em algumas sociedades ser considerada como propriedade do marido. Tal já não se passa nas sociedades ocidentais.

Este caso é diferente. É voluntário, de cariz sexual, a meu ver. Há casais que devem ter práticas semelhantes mas não o andam a mostrar na via pública, quanto muito em casa ou em bares fetichistas.

Eles queriam chocar, e conseguiram!

Pedro Góis Nogueira disse...

Não resisto a esta e digo-te. Lembra-te da sondagem da semana passada em Inglaterra onde a maioria das pessoas consideravam o Churchill um personagem de ficção e o Sherlock Holmes um personagem real. Pois é...Esquizofrenia ou meras distracções? Não deixemos que escritores como Orwell, Bradbury ou Burroughs se tornem tipos que no meio da sua arte nos avisaram...

Bruno Martins aka Nito disse...

A liberdade que usas para poder expressar a tua indignação é a mesma liberdade que os protege de restringir a deles, não podemos generalizar o direito humano para quem não o quer ou não precisa.

É como ser jovem sem saber o que é o 25 de Abril e a falta de liberdade que havia, nunca o saberei porque não vivi na altura nem posso ser censurado por isso, porque os tempos mudam e os desafios também.

Da burka ou da trela, há coisas que não podem ser percebidas...ou seja, culturas diferentes, chocam-te, a nós, a todos, mas têm de ser respeitadas.

Seja trela ou não, todos temos uma, a dela é apenas visivel.

Nuno Góis disse...

Bruno usa as trelas que quiseres, visíveis ou invísiveis, o problema é teu. Agora não me venhas para aqui dizer que temos que respeitar as burkas, as trelas e o que mais apareça só porque ainda não estudaste o 25 de Abril, para te ser sincero não percebi essa e estou em crer que nem tu, mas achaste que ficava bem.
Para concluir se fosse para levar a sério o que escreves respeitemos Hooligans, neo-nazis, violadores, assassinos, pedófilos e por aí fora, pois cada caso é um caso e se eu tenho liberdade para escrever isto... Poupa-nos. Conheço-te e sei que consegues ser mais inteligente!

Anónimo disse...

burka = obrigação em relação ao outro
violadores = imposição/violentação/desrespeito pelo outro /abuso
assassínos=imposição/violentação/desrespeito pelo outro
usar uma trela, neste contexto=escolha/ auto-imposição/liberdade individual de escolha do indíviduo… por mais estúpida que pareça…

É como usar aqueles Jeans estragados e rasgados a que os iluminados chamaram moda… estúpida escolha pessoal…mas que porém a ninguém diz respeito no momento em que alguém a decide fazer!

Ana Pinto

P.S. Libertem-se das coleiras que querem por aos outros e que utilizam sem delas darem conta!

Anónimo disse...

Quero agora ver se me colocas uma trela ou se me libertas no teu blog :-)

Ana Pinto

Nuno Góis disse...

Tanta matemática...
Que trelas é que pomos e que trelas dizes que impomos? Não entendo. E estás e continuas liberta para responder.
Quanto à matemática, estás a usá-la como um jogo, e como tal posso ser eu a jogar a seguir...
A resposta ao Bruno está clara e tem a ver com o seu texto.

Não entendo o que queres que eu e o Pedro digamos mais sobre este assunto.

Anónimo disse...

Liberdade de escolha para as opções individuais que em nada afectam o espaço dos outros. Qualquer comparação com assassínio, burkas, pedófilos ou outros não deve ser efectuada e demonstra a fragilidade da argumentação. Porquê? Passo a explicar: quem assassina não tem em conta a liberdade e espaço do OUTRO, uma sociedade que impõe o uso da burka obriga o OUTRO a seguir regras que não respeitam a sua autodeterminação, um neo-nazi é violento na imposição ao OUTRO do seu ponto de vista.
Quem decide usar uma trela em SI PRÓPRIO apenas se está a limitar na sua autodeterminação. Não infringe o espaço nem as opções do OUTRO: o espaço do OUTRO em nada é violado.(estou a ser intencionalmente redundante ao utilizar o conceito OUTRO). Que possamos achar bizarro, idiota ou outra coisa qualquer … é uma opinião. No momento em encontramos como termos comparativos alguns dos apontados acima só demonstramos que as nossas razões se situam na delimitação de não aceitar a diferença e opções que o OUTRO tem para si próprio e não impõe a sua forma de estar pensar e fazer a ninguém (o OUTRO não tem qualquer impacto no seu espaço: não é violado, nem violentado, nem agredido…).
Passo a dar-te um exemplo que me parece ser bastante eloquente pelo que vejo na tua fotografia: sabes com certeza que há muitas pessoas que ainda não aceitam que um homem use cabelo comprido. Para eles há poucos adjectivos para atribuir aos que fazem esta escolha. O que achas disto? Também gostarias que fizessem esta opção por ti?

Ana Pinto

Anónimo disse...

Afinal também pões coleira… pela mensagem que passas eu sabia que o farias!

Ana Pinto

Nuno Góis disse...

Haja paciência...
Que trelas e coleiras é que pomos ou impomos? Não expliscaste, logo não entendo.

Nunca disse que violadores, hooligans, nazis, homícidas... fossem = ao casal.
Acho inacreditável rebateres nesse ponto só para à viva força tentares ter razão. O que raio não percebeste de essas suposições terem só a ver com uma resposta ao Bruno e às questões por ele formuladas. Evidente que puxo a questão a extremos para tentar explicar ao Bruno porque é que também não poderíamos deixar passar tudo impune em nome da "liberdade". É assim tão complicado entender isto?????

Quanto à questão do cabelo... É tão demagógica e tão básica que por e simplesmente não merece uma linha... Apenas uma nota: Até ao meu perfil tu foste só para daí tentar tirar, eventualmente, mais um ponto... Pois é tenho o perfil à mostra. Assumo-me. E assumo-te aqui que não respondo a uma questão que não lembraria a uma menina de 5 anos de idade.
Com que então misturar o meu cabelo com tudo isto?!
Muitos parabéns

Anónimo disse...

Resta-me finalizar com uma observação: não te conheço e isto não é um problema pessoal, porque além disso o meu companheiro tem ainda o cabelo mais comprido que o teu. Gosto da opção tem a ver comigo e apenas serviu para exemplificar que uma opção que apenas ao indivíduo diz respeito é para muitos outros uma questão de ofensa pessoal— inexplicavelmente a meu ver. Quem ler com atenção o que escrevi entende o meu ponto de vista. Pára um pouco e lê o que escrevi com atenção. Tenta perceber porque pelo que dizes não percebeste nada do que eu escrevi e vais buscar razões que são do foro pessoal para te defenderes— não te conheço, repito. Mas percebo que não consegues ter calma e frieza para reflectires sobre o que os outros te dizem. Se quiseres tirares ilações de ofensa pessoal sobre o que te disse … nada posso fazer, é uma opção tua. Mas precipitada, sublinho. Perde mais tempo a reflectir e a por em causa as tuas certezas. A dúvida é melhor que a certeza. Faz-nos pensar e observar as questões de todos os ângulos. Por mim, fico por aqui. Não vou continuar a debater uma questão com quem teimosamente decide perder a energia a espernear e a tentar arranjar justificações para os seus preconceitos em vez de a pensar.

Ana Pinto

P.S. E novamente desafio-te a colocar o comentário ;-)

P.S. Se chamares a janela dos comentários vês a tua fotografia ao lado de cada comentário. Não, não me dei ao trabalho de ir ver o teu perfil. Pensei ao responder que a discussão não era pessoal, uma vez que não nos conhecemos! Pensei… faz o mesmo!

Nuno Góis disse...

Não sabia que a minha fotografia aparecia automáticamente quando se vai comentar algo, como tal, peço desculpa em relação a esse ponto.
Cara Ana é evidente que não se trata aqui de uma questão pessoal, pois como dizes, nem nos conhecemos, e mesmo que nos conhececemos...
Agora não te esqueças que tu é que começaste por dizer que eu colocava trelas a mim e aos outros, e, como é evidente, nunca conseguiste justificar tal frase. Ficaste apenas a basear-te em três ou quatro frases que eu escrevi numa resposta.
Faz-me parecer que tu é que és aqui a mulher com mais certezas e menos reflexão, pois se tivesses lido tudo o que já disse e escrevi sobre este tema não te agarrarias tanto àqueles pontos específicos que utilizei para uma resposta.

Para concluir, e visto, como tu bem disseste não nos conhecermos, não me parece que te fique muito bem despedires-te dando-me lições de moral... Com que autoridade? Com que reflexão?
Pensa...

p.s. Não duvides que estou de acordo contigo em quase tudo o que escreveste, não creio é que a discussão fosse essa, e eu não quis fugir à questão central. Mas se quiseres enviar um mail para o nosso blogue com todas essas e mais questões que te lembres, terei o maior gosto em escrever um post baseado nas reflexões que fizer. Porque as faço, não duvides.

Não tens que me pedir nenhum favor para os teus comentários serem publicados. Somos um blogue com liberdade de opinião e pensamento. E se em algum momento achas que te ofendi peço desculpa, pois não era minha intenção.
Bem hajas!