
"Into the Wild" é uma história verídica difícil de definir a priori. Segue o personagem Christopher McCandless através da sua viagem interior de descoberta de si próprio pela natureza e pelo desconhecido. Uma viagem física, filosófica e emocional que por si própria pode dar azo a múltiplas interpretações.
"Into the Wild " mostra mais essa viagem através da aventura e das suas vivências do que por uma psicanálise ou avaliação do carácter de McClandess. Nietzsche dizia que a alegria é mais profunda que a dor. Alegria que é o ponto de partida, de chegada e de apoio em todo o filme.
A belíssima banda sonora maioritariamente de Eddie Vedder também ajuda, encaixa na paisagem do filme que nem uma luva. Depois existem também os personagens que vão surgindo na viagem. Com aquela autenticidade, solidariedade e amizade genuína que se vê no cinema americano de John Ford a "Straight Story" de David Lynch.
Com um final comovente, é desarmante a honestidade com que Penn acaba no fim por prestar tributo a Christopher McCandless e à sua família. "Into the Wild" mais do que valer a pena, é um filme tão obrigatório como todo o grande cinema norte americano.
1 comentário:
Gostei imenso deste filme
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