"Já perdoei erros imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquicíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei decepcionar-me,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
Já me ri quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e saltei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
-parti a cara muitas vezes-!
Já chorei ouvindo música e vendo fotografias,
já liguei só para ouvir uma voz,
apaixonei-me por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial
(e acabei por perder).
Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida...
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é MUITO para ser insignificante."
Charlie Chaplin
5 comentários:
“Ainda sem comentários”, diz o computador feito parvo! Como não comentar o comentável!
Creio que a escolha do poema de Charlie Chaplin é, acima de tudo, genial.
Não vamos falar da sua obra como actor (penso que a fotografia escolhida exprime bem a mímica com que o cinema mudo o celebrizou) mas restringirmo-nos somente ao poema que vocês nos apresentam. Também aqui Charlie Chaplin é brilhante, e assim, também brilhante a vossa escolha.
Por vezes não existem palavras “simples” para dizer o que sentimos. Nestas situações escrevemos poemas.
A poesia tem esse mistério; fala sem falar, diz sem dizer, toca sem tocar...
Gostaria de vos deixar este meu sentimento, este meu poema (será?). Tão enigmático como os outros:
... E por fim pediram-me a razão!
Mas eu continuei distante, pensativo,
Contemplando toda a extensão de mar que me rodeia.
Tantas vezes procurei essa razão,
À beira deste mar, pelas falésias,
Entre as palavras que ficam por cumprir.
Mas também não a encontrei neste crepúsculo,
Quando em silêncio, o dia extravasante,
Cobriu de fogo todas as minhas lembranças do passado.
Como gaivotas, também as palavras à noite se recolhem,
Já não flutuam no ar como papeis,
Só o horizonte existe em contraluz.
Ao longe, no fundo dos meus olhos,
Formam-se constelações desconhecidas,
Ouço o bater das ondas. Nada vejo.
Novamente me pedem a razão!
Mas eu sorrio, com a certeza de que ela não existe,
E de que tudo está suspenso, esperando a alvorada...
Um grande abraço
Reis Góis
Sobre este poema magnífico que representa a vida de alguns de nós, se não mesmo a vida de todos nós, apenas posso acrescentar as palavras de Fernando Pessoa
"Momentos"
O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Um grande poema a contibuir e de que maneira para o enriquecimento deste post.
Para ti é aquele abraço...
Um muito bem haja a Cristina Rocha por partilhar connosco esses "momentos"...
Mais vale tarde que nunca!Aqui está um dos colaboradores deste blogue a fazer um comentário...
Um grande abraço para Reis Góis que é poeta e nosso tio e um agradecimento especial para Cristina Rocha que decidiu engrandecer o momento com Fernando Pessoa. Que fartura pá!
Pedro Nogueira
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